Saturday, 16 May 2009

Chafariz de São Domingos de Benfica



Chafariz de São Domingos de Benfica, desenho, Arquivo Municipal de Lisboa, AFML - B096966
Localização: Estrada de BenficaFreguesia: São Domingos de Benfica
Data: 1784-1787


Este chafariz embora de uso público, foi executado por iniciativa do particular Gérard Devisme, burguês pombalino, comerciante de pau-brasil. Na segunda metade do século XVIII este burguês mandou construir um palácio em São Domingos de Benfica, projectado por Inácio Oliveira Bernardes. Tentou encanar para o seu palácio umas águas que tinha descoberto, mas a Junta de Administração das Fábricas do Reino e Obra das Águas Livres embargou a obra em 23 de Julho de 1784. No dia 30 desse mesmo mês os arquitectos Reinaldo dos Santos e Francisco Cangalhas inspeccionaram as ditas obras e graças ao seu parecer, a rainha autorizou, em Agosto de 1784, Devisme a fazer a obra de encanamento desde que esta passasse pelo Aqueduto, sendo necessário abrir um novo arco, cujos custos ficaram a cargo do comerciante e em troca Devisme construiu um chafariz público. Depois de concluído esteve três anos sem funcionar, até que o alvará de 27 de Março de 1787, lhe concedeu um anel de água do Aqueduto das Águas Livres. Caso faltasse a água este chafariz seria preterido em favor dos chafarizes da rede do ramal. Os sobejos iam para Devisme e depois passaram para o Marquês de Abrantes e para a Infanta D. Isabel Maria. O chafariz integra-se nos muros da quinta. É decorado com dois golfinhos e tem um tanque único com duas bicas. É rematado por um obelisco ladeado por duas urnas.

Bibliografia

ANDRADE, José Sérgio Veloso de - Memória sobre chafarizes, bicas, fontes, e poços públicos de Lisboa, Belém, e muitos logares do termo. Lisboa : Imprensa Silviana, 1851.

CAETANO, Joaquim Oliveira - Chafarizes de Lisboa. Sacavém : Distri – Editora. 1991.ISBN: 972-655-092-0.

FLORES, Alexandre M. - Chafarizes de Lisboa. Lisboa : Inapa. 1999. ISBN: 972-8387-57-1.

PROENÇA, Raúl - Guia de Portugal. 2.ª edição. Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian, 1979.

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