Jornal de Horticultura Prática Vol. II, 1871 p. 120.
Lançando agora um volver d’olhos sobre o estado de florescencia d’este genero no nosso paiz, não podemos deixar de nos congratularmos, porque as variedades que se cultivam já sobem a algumas centenas e com quanto a maior parte sejam de origem estrangeira, ha muitas que são nascida em Portugal e por tanto chamarlhes.hemos «portuguezas».
Estas são, na maior parte, de sementeiras feitas no Porto e seus suburbios por pessoas apaixonadas d’este bello genero. Entre os mais felizes devemos mencionar os snrs.: Roberto Wan-Zeller, visconde de Villar Allen, conselheiro Camilo Aureliano da Silva e Sousa, e José Marques Loureiro.
O ultimo que se acaba de lêr deveria talvez ser à frente dos outros, mas de proposito o deixamos para o fim para lhe consagramos duas linhas de louvor, porque n’esta especialidade, como em muitas outras, tem prestado verdadeiro serviços à horticultura.
Amador de coração, dotado de inextinguivel paixão pelas Camellias, dedicou-se de ha muito à sua cultura e pouco e pouco foi colleccionando as novidades de maneira que possue hoje inquestionavelmente a melhor collecção de Portugal. Para chegar a este resultado, não se limita a fazer annualmente importação de um certo numero d’ellas. Organisa abundantes sementeiras, de onde obtem sempre variedades bellissimas e é ahi que toma sua origem um bom numero das Camellias portuguezas, que hoje adornam os nossos jardins e que muitas pessoas pensam ser estrangeiras.
Oliveira Junior
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